Se tivesse de eleger o meu romance de juventude, a
escolha seria o extraordinário Comme le Temps Passe, de Robert Brasillach. (Edição
portuguesa: Como o Tempo Passa, ed. Ulisseia. A tradução de Paulo Santa Rita, bem
que aceitável, apresenta expressões de mau gosto e não verte a grandeza de todos os passos e imagens do original
francês).
Trata-se da narrativa admirável das vidas de René e Florence, uma história de juventude e aventura, desejo e tentação, na idade em que tais palavras não assumem outros significados. Comme le Temps Passe é o romance da juventude que foge e simultaneamente renasce — e também o de dois seres que podem procurar-se, perder-se, encontrar-se, sem nunca deixarem de ser feitos um para o outro.
Robert Brasillach compreendeu bem a beleza da juventude — e a melancolia dos que a vêem afastar-se inexoravelmente. Foi fuzilado a 6 de Fevereiro de 1945 por colaboracionismo. Tinha 35 anos. Como o soubessem poeta e romancista da juventude, não lhe permitiram atingir aquela idade em que os homens se costumam tornar velhos. No derradeiro dia, já depois de saber que o indulto fora recusado, terminou o seu ensaio sobre Chénier e as últimas composições dos Poèmes de Fresnes. Releu a narrativa da Paixão em cada um dos quatro Evangelhos. Trouxe à memória, num relance, todas as pessoas que amava. Pensou, com desgosto, no desgosto delas. Aceitou o destino sem um queixume ou fraqueza. E, ao troar da rajada, uniu na sua vida e obra duas chaves da poesia intemporal: a juventude e a morte.
Trata-se da narrativa admirável das vidas de René e Florence, uma história de juventude e aventura, desejo e tentação, na idade em que tais palavras não assumem outros significados. Comme le Temps Passe é o romance da juventude que foge e simultaneamente renasce — e também o de dois seres que podem procurar-se, perder-se, encontrar-se, sem nunca deixarem de ser feitos um para o outro.
Robert Brasillach compreendeu bem a beleza da juventude — e a melancolia dos que a vêem afastar-se inexoravelmente. Foi fuzilado a 6 de Fevereiro de 1945 por colaboracionismo. Tinha 35 anos. Como o soubessem poeta e romancista da juventude, não lhe permitiram atingir aquela idade em que os homens se costumam tornar velhos. No derradeiro dia, já depois de saber que o indulto fora recusado, terminou o seu ensaio sobre Chénier e as últimas composições dos Poèmes de Fresnes. Releu a narrativa da Paixão em cada um dos quatro Evangelhos. Trouxe à memória, num relance, todas as pessoas que amava. Pensou, com desgosto, no desgosto delas. Aceitou o destino sem um queixume ou fraqueza. E, ao troar da rajada, uniu na sua vida e obra duas chaves da poesia intemporal: a juventude e a morte.
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