Em Londres, Oscar Wilde apaixonou-se por Alfred Douglas, filho do Marquês de Queensberry, dezasseis anos mais novo, um adolescente que o via como um velhadas anafado. O namorado de Wilde é a adolescência assexuada, a tentação loira dos homens indefinidos: uma antecipação real do jovem Tadzio, personagem de Thomas Mann.
A Inglaterra vitoriana condena-o ao cárcere. Mas o irlandês não esquece o amante. Na longa carta que lhe envia da prisão de Reading, escreve: "Não tenhas medo do passado: se te disserem que é irrevogável, não acredites". Podem as palavras ter um significado volúvel consoante a tendência sexual do autor? Eu não sei e Wilde nunca o explicou. Morreu logo depois para ser enterrado no Père Lachaise, o verdadeiro clube dos poetas mortos.
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