O NOBEL DE MOIMENTA

O Nobel da Literatura é um prémio político e comercial. Como método de aferir a qualidade dos laureados, emparelha com o Concurso Literário de Moimenta da Beira.
Este ano bacoreja-se em alguns meios o nome de Haruki Murakami para vencedor, a anunciar amanhã. Tenho as minhas dúvidas. Já não me surpreenderia a atribuição do prémio a qualquer destes: o israelita Amos Oz, o italiano Claudio Magris, o húngaro Péter Nádas e até mesmo o dramaturgo norueguês Jon Fosse, aos quais acrescento o autocarro norte-americano: Don DeLillo, Philip Roth, Joyce Carol Oates, Thomas Pynchon, Cormac McCarthy, John Ashbery, o Bob Dylan, o motorista e o mecânico.
Se o júri quiser a surpresa política pode chamar à Academia a jornalista bielorussa Svetlana Alexievich ou o poeta sírio Adonis. Se optar pela surpresa literária ou estilística, convoca o holandês Cees Nooteboom, o italiano Umberto Eco, o albanês Ismail Kadaré ou a canadense Alice Munro, autora de contos, género literário que seria distinguido pela primeira vez.
Pelas minhas contas, que podem sair furadas pelos lóbis, será com as obras de um destes autores que os empregados das livrarias vão decorar amanhã as montras.

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