Avanço sobre ti, dispo-te a farda,
apago a luz do quarto à revelia
e oiço o som agreste da espingarda
que pauta desta luta o dia-a-dia.
Gememos frente a frente o prazer mater
apago a luz do quarto à revelia
e oiço o som agreste da espingarda
que pauta desta luta o dia-a-dia.
Gememos frente a frente o prazer mater
de sangue, sal, suor e sonhos sãos;
usas de dia o riso, por carácter,
e à noite, por vestido, as minhas mãos.
Estreito-te no estreito da cintura,
teu corpo marcial lanço por terra;
estudo-te perfil, pele e pintura,
e apronto uma estratégia para a guerra.
Abafo com a minha a tua boca
e, numa acção heróica de soldado,
invisto sobre ti, deixo-te louca,
a modos de mancebo amancebado.
Murmuras evasivas entre dentes,
eu nego um armistício que te valha:
somos rivais, amor, dois combatentes,
e a cama é o nosso campo de batalha.
usas de dia o riso, por carácter,
e à noite, por vestido, as minhas mãos.
Estreito-te no estreito da cintura,
teu corpo marcial lanço por terra;
estudo-te perfil, pele e pintura,
e apronto uma estratégia para a guerra.
Abafo com a minha a tua boca
e, numa acção heróica de soldado,
invisto sobre ti, deixo-te louca,
a modos de mancebo amancebado.
Murmuras evasivas entre dentes,
eu nego um armistício que te valha:
somos rivais, amor, dois combatentes,
e a cama é o nosso campo de batalha.
Lindo. Parabéns.
ResponderEliminarMaria
"usas de dia o riso, por carácter,
ResponderEliminare à noite, por vestido, as minhas mãos."
Muito bem conseguidos, estes versos.