O Rui Ângelo Araújo, rapaz da minha criação e antigo director da revista
Periférica, publicou o seu primeiro romance, Os Idiotas. Numa época em que os
jovens literatos editam livrinhos de botar a fugir, já lhe enviei os
meus parabéns sinceros.
Em Os Idiotas, o autor revela capacidade de efabular e astúcia narrativa, plena de imaginação. Lúcio Peixe, velho rockabilly desintegrado, é uma das grandes personagens do romance português contemporâneo. O livro forceja no tom humorístico, mas é mais sério do que parece ao primeiro exame. Vale sobretudo pelas descrições de Lúcio e respectiva roda de amigos, as suas peripécias sexuais, os seus fracassos e a divertida crítica da corrupção do poder local na figura portentosa do autarca Saavedra.
Este volume inicial ainda apresenta certas falhas de estilo e merecia revisão mais cuidada, mas constitui estreia promissora. Venham os outros.
Em Os Idiotas, o autor revela capacidade de efabular e astúcia narrativa, plena de imaginação. Lúcio Peixe, velho rockabilly desintegrado, é uma das grandes personagens do romance português contemporâneo. O livro forceja no tom humorístico, mas é mais sério do que parece ao primeiro exame. Vale sobretudo pelas descrições de Lúcio e respectiva roda de amigos, as suas peripécias sexuais, os seus fracassos e a divertida crítica da corrupção do poder local na figura portentosa do autarca Saavedra.
Este volume inicial ainda apresenta certas falhas de estilo e merecia revisão mais cuidada, mas constitui estreia promissora. Venham os outros.
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