Os meus amigos insistem em enviar-me mensagens de conteúdo pornográfico. A última trazia em anexo o Guia para uma Linguagem Promotora da Igualdade entre Mulheres e Homens na Administração Pública. Ganchou-me desta vez a curiosidade e pus-me a lê-lo com quatro olhos e raciocínio a dobrar. É um documento afectado e ridículo, trinta páginas a encastelar asneiras sobre asneiras.
Propõe que
se escreva "pai e mãe" em vez de "pais", e
"trabalhadores e trabalhadoras" em vez de apenas
"trabalhadores". Incentiva o emprego de barras para economizar
espaço: "o/a doente", "o/a estudante", "o/a
funcionário/a". Chega ao disparate de sugerir se escreva "a pessoa
que requer" em vez de "o requerente". (Desconheço a autora. Sei
que, na fúria de regulamentar o progressismo, deslembrou à senhora que isso de
escrever "pais e mães" em vez de "pais" discrimina os gays co-adoptantes.)
Por mim, aceito desde já que se passe a utilizar sempre o género gramatical
feminino para designar o conjunto dos homens e mulheres. Prefiro isso a mutilar
a língua com golpes de parênteses, barras e excreções.
Deixem o idioma em paz! Abundem na co-adopção, no défice, nas praxes académicas e nos 85 Mirós. Desempenhem-se lá dessas magnas questões com o brilhantismo habitual, mas deixem sossegada uma língua velha de séculos, que sobreviveu precisamente por não ter de cangar-se ao peso de regulamentos, comissões e guias.
Deixem o idioma em paz! Abundem na co-adopção, no défice, nas praxes académicas e nos 85 Mirós. Desempenhem-se lá dessas magnas questões com o brilhantismo habitual, mas deixem sossegada uma língua velha de séculos, que sobreviveu precisamente por não ter de cangar-se ao peso de regulamentos, comissões e guias.
Tanto patriotismo aí todos os dias se desbarata em génios e comentadores, e
nenhum se move em favor da língua materna. Um ror de movimentos, até do foro
político, para defesa dos animais em perigo — e ninguém acode à língua
maltratada e às palavras em vias de extinção. Digam-me em verdade se há algum
país do mundo, do Vietname à Islândia, onde assim se tripudie sobre o idioma.
De dia para dia se sente a introdução de mais uma barbaridade, dentro em pouco
repetida por todas as bocas e martelada em todos os teclados. E no meio deste
desconcerto glótico, andaram estes zeros nomeados milhões a escrever um Guia
para a "linguagem inclusiva" [sic]. Temos um idioma que ignoramos,
talvez o mais rico e opulento, reduzido agora a 200 vocábulos mal-amanhados. O
que se ouve nas televisões e lê nos jornais há muito deixou de ser português. É
uma mixórdia mal servida. O português verdadeiro é riquíssimo. Isso de não
há palavras que descrevam é muleta de quantos ignoram o manancial da
língua. Não sei o que pensam os meus amigos destes guias. Razoáveis talvez lhes
pareçam, mas eu não me fico. Maltratar a língua dói-me e, assim doído, raivo da
ignorância geral que a mutila.
O que se passa com a língua portuguesa, mais do que um escândalo trata-se de um crime de alta traição à Pátria e como traição que é terá que ser travado a todo o custo, nem que seja à força. A língua portuguesa é um bem que não pertence a traidores e apátridas, ela é pertença absoluta e inalienável do povo português. Tanto quanto o é o solo que pisamos ou a Bandeira Nacional.
ResponderEliminarO abastardamento da língua-mãe de uma Nação começou primeiramente nos Estados Unidos relativamente à sua própria língua, vai para muitos anos. Salvo os intelectuais e pessoas cultas, mesmo norte-americanas, o inglês naquele país tem vindo a levar tropeções inimagináveis. Aquele povo já nem fala ou escreve inglês, o que verbalizam é outro linguajar que nem se sabe bem o quê é. Só um exemplo: o vocábulo "through" é grafado 'thru' há muitas dezenas d'anos e para eles chega e sobeja... Na verdade ninguém critica nem quer mudar o estado de coisas, porque para um aluno tirar um curso superior, mesmo tendo sempre notas próximas do negativo ou mesmo estas, em todo o seu percurso académico, basta ter sido bom atleta e ter tirado notas altas numa qualquer área desportiva e obtem a licenciatura em três tempos... Tudo consequência das leis introduzidas não só nos programas educativos como também em todas as áreas e sectores da sociedade, elaboradas pelo grupo restrito sionista que governa efectivamente os Estados Unidos, bem como o faz por interpostos governantes-fantoche em todos os países democráticos do Globo.
Tudo o que de mais degradante e mesmo obsceno vem acontecendo nos Estados Unidos desde há muitas décadas no que se refere ao estilo de vida, à Educação, ao (não) cultivo da língua, à governação, às leis extremamente lesivas da população, aos hábitos promíscuos e mesmo abjectos tornados naturais e incentivados por associações e grupos criados e orientados secretamente pela seita mundialista tendo em vista sobretudo os mais novos, porque mais influenciáveis e mais generosos, foi gizado e posto em prática por esse poder oculto a que o Historiador David Duke designa como o partido sionista mundial. Todos os hábitos degradantes e estilos de vida sub-humanos aprovados e incentivados pelos que elaboram e ditam as leis naquela estranha democracia, a que a maioria do povo norte-americano classifica de regime comunista, já foram introduzidos em todas as democracias mais antigas e estão a sê-lo à pressão nas mais recentes, pelos mundialistas, com destaque para as línguas maternas com o intuito de descaracterizar ainda mais os povos. Sem língua-mãe não existe Nação e sem Nação não existe Povo. Se dúvidas houver basta constatar o que de gravíssimo política, social e moralmente tem vindo a acontecer desde há largas décadas às democracias europeias e às respectivas populações. E não só a estas.